Luz, câmera, ação! Fazer um filme é um desafio muito além da frase que marca o início da filmagem de uma cena. Mas no que exatamente consiste esse desafio? Quais são as etapas envolvidas na produção de um filme? Essas e outras respostas você encontra neste artigo. Vem com a gente!

Set de filmagem de cinema

Produção de um filme de Hollywood (Fonte: HandelsBlatt)

Filmes são o ápice do uso da imagem com funções narrativas. Eles despertam o glamour do Oscar e podem arrecadar bilhões de dólares em bilheteria pelo mundo. No Brasil, o cinema leva milhões de espectadores às salas e ganha prêmios importantes, como os do Festival de Cannes.

O longa-metragem tem o charme, mas não é o único exemplo de narrativa audiovisual. Curtas iniciam a carreira de grandes profissionais. Comerciais publicitários e videoclipes também são assistidos por milhões e registram a identidade de marcas e artistas. Gangnam Style, um videoclipe, se tornou o primeiro vídeo a atingir a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube há alguns anos. As séries levaram a TV a uma nova Era de Ouro.

Todos esses tipos de filmes apresentam etapas semelhantes na produção. Nesse texto, vamos compreender melhor o processo de se fazer um filme.

PRÉ-PRODUÇÃO

A LONGA CAMINHADA PARA FAZER UM FILME

Voltamos à estrutura padrão que vimos no texto sobre como fazer um vídeo profissional. Filmes precisam de três etapas: pré-produção, produção e pós-produção. No entanto, a transição do ambiente de internet para a televisão ou para as salas de cinema traz uma série de detalhes novos a serem considerados.

Família por trás das câmeras

Alguns produtores comentam sobre como filmes podem lembrar casamentos. Apesar de a equipe de trabalho não se relacionar para sempre, o projeto pode levar anos para sair do papel e alcançar o público.

Seja a partir da ideia de um produtor ou cliente, seja a partir da mente do roteirista, filmes exigem uma quantidade de trabalho enorme. Por esse motivo, o bom relacionamento é imprescindível.

Primeiros passos

Algumas coisas diferentes podem acontecer já no início da produção de um filme. Uma obra adaptada, por exemplo, requer a aquisição dos direitos de adaptação da obra original. É comum que essa demanda venha de um produtor que, apaixonado pela obra, compra os direitos e em seguida busca a equipe de profissionais de audiovisual para realizar o filme, começando por diretor e roteirista.

Mesmo em ideias originais, é importante entender que nem sempre o roteirista é a pessoa que concebeu a história. A ideia ou o argumento podem vir do diretor, do produtor, de outras figuras, ou do próprio roteirista. Mas o que distingue a pessoa com a função do roteiro é a escrita desse documento que dá cara ao projeto e permite que o filme saia da linha de largada.

Chegar no roteiro, no entanto, requer muito trabalho. É comum que muitos tratamentos de um roteiro sejam feitos antes do início das filmagens. Antes mesmo dessa etapa, é preciso desenvolver sinopse, argumento, escaleta, perfis de personagens… Essas são atividades importantes tanto no trabalho criativo do roteirista como nas burocracias do projeto.

Sinopse, argumento e escaleta

A sinopse pode ser de diferentes tipos. O público está acostumado àquelas descrições breves sobre o tema de um filme ou seu personagem principal, mas que evitam spoilers. Essas descrições, comuns nos sites de cinema, são sinopses de marketing, para a publicidade do filme.

Os roteiristas são responsáveis por outro tipo de sinopse, a sinopse de projeto. Ela pode ter uma, três ou até cinco páginas, e serve para a participação em concursos, editais ou mesmo para buscar financiamento para o filme. Na sinopse de projeto, a história completa do filme deve ser contada. Quem investe em um filme não pode ter medo de spoilers.

Alguns editais e concursos pedem um argumento em vez de sinopse. O argumento é a etapa seguinte no desenvolvimento de um projeto. Ele pode variar muito, tendo cinco páginas em alguns casos e mais de cinquenta em outras. Seu papel é contar a história do filme em formato de prosa, apenas com as ações, sem os diálogos.

Já a escaleta, importante nos longas, mas especialmente requisitada nas séries, é a divisão de cenas do filme. Determina o local e o período do dia em que a cena ocorre, além de conter uma descrição da cena, que pode ser pequena ou mais longa. A escaleta é uma importante ferramenta para o roteirista compreender o fluxo da narrativa.

Roteiro de filme editado à mão

Exemplo de roteiro de filme editado à mão (Fonte: Den of Geek)

Financiamento para fazer um filme

A apresentação da história para empresas produtoras em potencial e possíveis financiadores, como uma distribuidora, depende de um caminho sólido demonstrado nessas etapas. Outra questão é que a maioria das pessoas não têm tempo de ler as 100 páginas de um roteiro para decidir se vão apostar em uma história. Imagine receber 50 roteiros por dia?

Leis de incentivo

No Brasil, a grande maioria dos filmes conta com financiamento por leis de incentivo ou editais públicos. É o caso do FSA, Fundo Setorial Audiovisual, principal mecanismo de incentivo para a produção de longas. Os editais também requerem a escrita de argumentos e a elaboração de outras garantias do trabalho que está sendo feito. Equipes de advocacia e contabilidade podem fazer parte de um filme graças ao esforço necessário de prestação de contas.

Canais de TV paga precisam cumprir determinações como a da Lei 12.485, que estabelece que os canais de filmes, séries, animações e documentários têm a obrigação de exibir 3,5 horas semanais de seu horário nobre com conteúdos brasileiros.

Além dos mecanismos diretos de financiamento público, existem leis para a regulamentação de incentivos indiretos. A Lei do Audiovisual (8.685/93) e a Lei Rouanet (8.313/91) são exemplos desses mecanismos, onde a produção busca apoio privado que, através das leis, fornece financiamento em troca de abatimento no pagamento de impostos.

Financiamento privado

Existem também os modelos de financiamento completamente privados. O exemplo mais famoso vem do marketing. É o marketing indireto, também conhecido como “product placement”. Os filmes da franquia 007 são famosos por adquirirem milhões de dólares com os produtos exibidos no entorno do agente secreto mais famoso do mundo.

No caso das séries de TV, os canais ou plataformas assumem um importante papel aprovando inúmeras etapas do projeto e provendo outras fontes de financiamento com receitas próprias, caso da Netflix e da Amazon.

Outras opções como o “branded content”, também associado a marcas, vêm crescendo. Crowdfundings e Matchfundings, mais conhecidos como financiamento coletivo, possibilitam que curtas e videoclipes de bandas independentes se tornem realidade. O futuro próximo ainda traz possibilidades para artistas junto à tecnologia de blockchain.

Nas animações e histórias de super-heróis, o licenciamento de produtos pode ser a principal fonte de arrecadação.

Toda essa movimentação de editais, leis, canais, distribuidores e modelos privados é envolvida em projetos desde a pré-produção. É nessa fase que o dinheiro entra para sustentar toda a cadeia de produção de um filme. Por isso, o cronograma e o orçamento, responsabilidade dos produtores-executivos do filme, são tão importantes.

Cena do filme O grande Gatsby

Cena do filme The Great Gatsby, que teve sucesso em sua bilheteria (Fonte: Deveserisso)

O papel inicial de diretores e produtores

No lado artístico, muito trabalho ainda precisa ser feito junto ao roteiro para que a pré-produção termine. Nessa etapa, o diretor e o produtor fazem a análise do roteiro. A análise do produtor é técnica: considera todas as locações, objetos do filme, efeitos necessários, pensando no orçamento e no tempo de produção. Já o diretor faz uma análise artística e, a partir dela, é responsável pela decupagem.

Decupagem

A decupagem é o planejamento estético do filme pelo diretor, feito sobre o roteiro. Na leitura, o diretor começa a pensar nas imagens que quer criar para contar aquela história e traduz seus desejo na decupagem.

É comum que, nesse processo, um novo roteiro seja elaborado, incluindo indicações técnicas sobre movimentos de câmera, planos desejados para cada cena e quais lentes devem ser usadas. O diretor também define nessa etapa o que precisa que outros departamentos façam: fotografia, arte, figurino, maquiagem, som…

Storyboards

Muitos diretores trabalham com uma etapa além na decupagem, a criação de storyboards. São desenhos das cenas, dos planos pensados, para ajudar a visualização da história antes da filmagem.

Algumas produções podem contar com storyboards de forma bastante extensa, mesmo sem serem animações. Mad Max – A Estrada da Fúria, por exemplo, tem um roteiro completamente baseado em storyboards. A descrição puramente textual da ação desenfreada que atravessa o filme seria tão difícil de entender que George Miller e sua equipe priorizaram os storyboards para conceber a história.

Pesquisa

No caso de documentários, outra palavra-chave que surge é a pesquisa. Quem serão os entrevistados? Quais perguntas? Quais imagens de arquivo usar? Todas essas respostas dependem de uma pesquisa detalhada que não só deve encontrar informações preciosas, mas ajudar os realizadores a enxergar a narrativa a ser contada através da união de todos esses elementos.

PRODUÇÃO

É curioso que a parte mais esperada e famosa de um filme seja, geralmente, a menor. As filmagens são cansativas, exigentes, mas costumam demorar semanas, o que é pouco em comparação aos meses ou anos de pré-produção e pós-produção. Filmagens de mais de 400 dias, como as do filme De Olhos Bem Fechados, último longa de Stanley Kubrick, são exceções.

Cartaz do filme De olhos bem fechados

Cartaz do filme De Olhos Bem Fechados. (Fonte: CinemaStreaming)

Essa noção de tempo é importante para a compreensão do trabalho necessário na etapa anterior. A produção pode envolver centenas de profissionais, locações em diferentes países, uma fortuna em equipamentos. Para evitar prejuízos, tudo isso precisa estar planejado nos mínimos detalhes. Esse planejamento demora.

Ainda assim, curtas-metragens podem ter uma produção de apenas 1 dia, feita com poucos recursos e pessoas, no que é chamado de “guerrilha”.

Artisticamente, filmes podem ter produções completamente diferentes dependendo do objetivo estético. Um filme de Guillermo Del Toro, por exemplo, terá grandes esforços de direção de arte e do departamento de maquiagem e cabelo para criar seus cenários e personagens únicos. Esse trabalho precisa começar já na pré-produção, aliada ao roteiro, mas é na produção que o universo toma forma.

Cenários

A direção de arte se preocupa com tudo o que vemos na cena como público, que não seja o elenco. O figurino, a maquiagem e o cabelo estão relacionados ao elenco. A direção de arte pensa em todo o resto. Como preencher os cenários? Quais objetos precisam ser usados na cena? Precisam ser comprados, alugados, construídos? É um trabalho que não se destaca especialmente na percepção do público durante um filme, mas que faz toda a diferença no mergulho no universo da história, na experiência subjetiva.

Filmes de Christopher Nolan também têm cenários elaborados, mas se destacam por seus efeitos especiais afiados.

Efeitos especiais

Efeitos especiais são aqueles realizados no set de filmagem, filmados pela câmera e que interagem com o elenco. Esses efeitos acabam exigindo grandes produções e ensaios. É o caso da famosa cena de luta no corredor do filme A Origem. O corredor giratório foi de fato construído e os atores realizaram a coreografia de luta nesse cenário incrível, como mostra o vídeo abaixo.

Filmes de super-heróis são muito mais dependentes dos efeitos visuais, adicionados na pós-produção, como a computação gráfica. Nesses casos, é comum que as produções sejam feitas em estúdios com paredes enormes de Chroma-Key, a famosa tela verde. Comerciais publicitários também fazem bastante uso dessa técnica.

Composição

Um aspecto da produção que também se destaca no trabalho de alguns diretores é a composição. Clássicos como Cidadão Kane ou os filmes de Sergio Leone dão aulas de posicionamento de cada personagem e objeto na mise-en-scène, a expressão que engloba tudo que vemos através da câmera em um quadro.

O trabalho sobre a mise-en-scène é papel do diretor, mas é impossível não destacar a fotografia aqui. O diretor de fotografia é o especialista no trabalho de luz e câmera. Sua expertise é tão importante que é comum diretor e diretor de fotografia trocarem ideias ainda no processo de decupagem e storyboards.

Iluminação e filmagem

Uma das maiores necessidades de qualquer produção é a luz. A direção de fotografia cuida de toda a iluminação do set de filmagem para garantir o efeito narrativo desejado e também é o departamento responsável pela câmera.

Grandes produções podem contar com um operador de câmera, outro operador para câmeras ou lentes específicas como a steadicam, além de técnicos de iluminação e de câmera, como o foquista. Todos esses trabalhos são supervisionados pelo diretor de fotografia, que em produções menores costuma ser quem coloca a mão na massa fazendo a filmagem.

No caso de comerciais publicitários, uma técnica bastante comum e que precisa da atenção da direção de fotografia é o uso de slow motion. Sabe aqueles produtos voando e nos dando água na boca? Ainda que essa possa parecer uma preocupação da montagem, a fotografia precisa pensar no tipo de câmera e na capacidade de gravação apropriadas para que o efeito desejado do slow motion seja alcançado.

Liderança

Um detalhe que distancia os longas de séries de televisão é a liderança do projeto. Em filmes, quem manda no projeto artístico é sempre o diretor. A famosa frase de Glauber Rocha, “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, ilustra a cultura do movimento brasileiro Cinema Novo, que estabeleceu o diretor no centro da produção do cinema nacional. Por algumas décadas, muitas produções sequer contavam com a presença de um roteirista.

Já nas séries de televisão, é comum que diferentes episódios sejam dirigidos por diferentes pessoas. Como a importância maior está na garantia do arco da história ao longo de uma ou mais temporadas, o papel da liderança pode ficar com o produtor-executivo da série ou com outra figura cada vez mais conhecida: o showrunner.

O showrunner atua desde a pré-produção como o grande líder de uma série. É necessariamente um roteirista, com a função de comandar a sala de roteiro, um ambiente onde um grupo de roteiristas e até consultores técnicos criam as muitas histórias que compõem a temporada. O showrunner tem o papel de aprovar tudo que é escrito ali.

Além do papel na sala, o showrunner ainda atua como produtor, contratando diretores, elenco e fazendo outras funções na pré-produção que não caberiam a um roteirista em um filme.

Showrunner de Breaking Bad no set

Vince Gilligan (esquerda), showrunner da serie aclamada Breaking Bad, dirigindo Aaron Paul (direita). (Fonte: AMC)

Tá, mas e na produção? O showrunner também está lá. É por isso que fotos de bastidores dos sets de filmagens de Breaking Bad costumam ter a presença de Vince Gilligan, showrunner da série. Ele dirigiu apenas 5 dos 62 episódios da história, mas seu papel foi muito além. Para garantir que o arco da história que atravessa as cinco temporadas não fosse prejudicado por uma decisão artística isolada de um episódio, era preciso estar no set quase sempre.

O showrunner não é uma realidade em todas as séries. Em muitas delas, produtores-executivos assumem a liderança. Nesse caso, a relação com o roteirista chefe da sala de roteiro é essencial.

No Brasil, uma figura mais antiga que o showrunner se destaca pela importância de seu papel em todo o processo de produção, desde a concepção da história: é o autor de novela. Pelo mesmo motivo – a continuidade dos arcos da história – a novela evoluiu com uma lógica diferente do cinema brasileiro.

Autora de novelas Janete Clair

Janet Clair, autora de novela aclamada, posando para a foto. (Fonte: Gazeta do Povo)

PÓS-PRODUÇÃO

Na pós-produção estão muitas funções menos conhecidas no mercado brasileiro, como a correção de cor, a trilha sonora e outras atividades técnicas que fazem total diferença no resultado final de um filme.

Colorização

A correção de cor e a colorização são uma das etapas que definem aquele visual que nos acostumamos a enxergar como típico do cinema. Filmes de ação costumam contar com o forte contraste entre azul e laranja (céu e terra). Pense em qualquer filme da franquia Transformers ou o próprio Mad Max – A Estrada da Fúria. Wes Anderson é famoso por, entre outros motivos, “pintar” seus filmes com cores pastéis.

A colorização pode criar uma série de significados nos filmes. Em Matrix, por exemplo, todas as cenas no mundo real tem um tom azulado, enquanto as cenas no mundo virtual da matrix tem um tom esverdeado. Sem dizer uma palavra, o filme nos localiza no ambiente que deseja e não sentimos estranhamento.

Filmagem em fundo verde para fazer um filme

Keanu Reeves (esquerda) e Hugo Weaving (direita) filmando uma cena de slow motion para o filme Matrix. (Fonte: Reddit)

Edição de som

Na pós-produção também está um grande trabalho de edição de som, tratamento de áudio e inclusão de trilha sonora. Efeitos sonoros famosíssimos do cinema são criados nessa etapa, como o inconfundível som do sabre de luz. Muitos desses efeitos são criados fisicamente por profissionais em estúdios próprios, com uma série de ferramentas.

No caso das trilhas sonoras, compositores podem contar até com orquestras para criar seus efeitos. Quem não lembra das trilhas imponentes de John Williams ou Hans Zimmer? Mas músicas com direito livre de uso e bibliotecas de sons também podem ajudar um curta-metragem a ter uma trilha sonora apropriada.

Efeitos visuais

Alguns filmes, como é o caso recente das sequências de super-heróis, contam com grande trabalho de equipes
de efeitos visuais. As equipes de computação gráfica podem chegar ao ponto de serem responsáveis por criar coreografias de cenas de ação, indo além de apenas reproduzir um desejo do diretor.

Montagem

A etapa da pós-produção tem a liderança do diretor, mas o montador se torna uma figura central. Seu papel vai além da edição dos clipes ao concatenar todas as tarefas separadas dessa fase. Alguém precisa unir efeitos visuais, efeitos sonoros, trilha sonora, correção de cor e colorização e ainda garantir a unidade narrativa da história. Muitos significados podem ser criados na montagem apenas com a escolha de uma sequência de planos ou a seleção de uma das tomadas de uma atuação.

É nessa fase que alguns filmes passam pelo terror de precisar de uma refilmagem. Nas exibições com audiência de teste ou para os próprios executivos de um estúdio, se o resultado não for o esperado, o prejuízo pode se tornar gigantesco.

Mesmo que tudo dê certo, a pós-produção não encerra os desafios de levar um filme ou uma série ao ar.

Interface do programa Premiere, usado para editar filmes

Interface do programa Premiere, usado para editar filmes (Fonte: Adobe)

DISTRIBUIÇÃO

Enquanto os canais são os grandes responsáveis pela distribuição das séries de televisão, o cinema funciona de outra forma. Normalmente, a produção assina um contrato com uma empresa distribuidora, que leva os filmes para as salas de exibição e, posteriormente, para as plataformas online e canais de televisão.

Grandes produções hollywoodianas chegam a contar com divisões de distribuição, onde uma empresa é responsável pelo filme no mercado norte-americano e outra o distribui no mercado global.

Festivais

A relação com a distribuidora não serve só para a exibição do filme ao grande público. Os produtores têm grande responsabilidade em acompanhar e promover o filme, junto com os distribuidores, para festivais de premiação. Os festivais são tão importantes para o sucesso de um filme que o calendário das premiações é fator decisivo na escolha da data de lançamento de muitas produções.

Essa lógica influencia até produções menores, de baixo orçamento. A exibição de um longa-metragem ou mesmo de um curta de baixo orçamento em festivais pode servir de apresentação do filme para distribuidoras procurando novas obras. Mostras se tornam importantes aliadas para obras que dependem do boca a boca, sendo a porta de entrada de muitos profissionais no mercado.

Questões burocráticas

A etapa de distribuição traz de volta muitas obrigações burocráticas, como o registro das obras e a prestação de contas para filmes que contam com verbas de editais ou leis de incentivo. O licenciamento de músicas de propriedade privada utilizadas pode gerar ainda mais contratos.

Conhecer os mecanismos de distribuição pode soar complicado, especialmente depois de todo o trabalho necessário para levantar um longa-metragem ou um projeto de série. A boa notícia é que o audiovisual é um mercado extremamente colaborativo. Nada nesse ramo se faz sozinho e os caminhos de especialização são muitos, gerando inúmeras oportunidades.

Festival de filmes em um auditório

Festival de filmes em um auditório (Fonte: Virginia Film Festival)

Ter contato com os diferentes papéis presentes na criação de um filme é só uma das vantagens da faculdade de cinema. Nela você pode encontrar uma equipe com as pessoas que estão começando a mesma jornada, além de mergulhar nas teorias do cinema e investigar diferentes formas de se contar uma história com imagens e sons. Tudo junto.

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