Vivemos na era digital. A internet permeia todas as relações pessoais, atividades profissionais, hábitos de consumo e formas de lazer. Desde o seu surgimento, ela transformou o mundo, eliminou fronteiras e acelerou a velocidade da informação. Com isso, a forma de fazer negócios também mudou, dando espaço para o surgimento do marketing digital.

Se a internet faz parte do dia a dia das pessoas, ela também precisa integrar as estratégias de marketing das empresas. Por isso, o marketing digital ganhou força nos últimos anos, como forma de acompanhar essa evolução na tecnologia e no comportamento dos consumidores.

Neste artigo, você vai entender melhor o que é marketing digital e como essa área evoluiu para se transformar em uma das carreiras mais requisitadas no mercado de trabalho. Se você pensa em seguir nessa área, acompanhe agora para saber tudo!

Profissionais de marketing digital trabalhando

Grupo de pessoas da área de Marketing Digital (Fonte: Pluga)

O que é marketing?

Entender o que é marketing digital exige que antes você entenda o que é marketing. São conceitos diferentes, é claro, mas seguem a mesma lógica de orientação pelo mercado e de foco nas necessidades do público para criar boas soluções.

Segundo a American Marketing Association, marketing é “a atividade, o conjunto de instituições e os processos de criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral”.

Engana-se, portanto, quem pensa que o mkt só pensa em vender. O objetivo do marketing é criar ofertas de valor para os públicos que se envolvem com as marcas, a fim de atender as suas necessidades. É por esse caminho — e não tentando vender a qualquer custo — que as empresas conseguem satisfazer os consumidores, ganhar sua confiança e gerar o retorno que precisam para se sustentar e competir no mercado.

Antes disso, porém, a gestão de marketing das organizações deve fazer pesquisas de mercado. Esse é o momento de analisar as forças e fraquezas da própria organização, mas também olhar para fora e identificar as oportunidades e ameaças do mercado.

Com essa análise, as empresas conseguem tomar melhores decisões e traçar as estratégias de posicionamento, segmentação do público e diferenciação dos concorrentes. A partir delas, aplicam-se os 4 Ps, que representam as táticas de Preço, Produto, Praça e Promoção que elas precisam definir para colocar as suas ofertas no mercado e conquistar o público-alvo.

4 ps do marketing digital

Os 4 Ps do Marketing Digital (Fonte: Kathryn Gorges Marketing)

O que é marketing digital?

As formas de fazer marketing mudam com o tempo. Elas se adaptam às mudanças de tecnologia e de comportamento do consumidor.

Com a popularização dos jornais, por exemplo, os anúncios de classificados se tornaram a principal forma de divulgar produtos. Quando todos passaram a ter telefone em casa, o telemarketing ganhou força.

Mas hoje vivemos na era da internet. Os consumidores estão sempre conectados, com o celular na mão o tempo inteiro para ver a última foto que o amigo publicou no Instagram, falar com a família no WhatsApp ou procurar o melhor restaurante do bairro no Google.

Então, para se comunicar com esse público, as empresas também precisam incluir a internet em suas estratégias. Por isso, o marketing digital se tornou o grande destaque do marketing atualmente. Agora, vamos entender melhor como funciona essa área.

Definição de marketing digital

Marketing digital é todo o conjunto de estratégias e ações de marketing desenvolvidas em canais digitais. Ou seja, esse conceito engloba tudo o que falamos antes sobre marketing, mas com uma diferença: utiliza-se o meio virtual para “criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor”.

Só que essa diferença muda profundamente a forma de fazer marketing. E não estamos falando apenas das formas de se comunicar com o público, mas também de fazer negócios, analisar o mercado e planejar as estratégias.

Mudança de paradigma

Primeiramente, perceba como a internet empodera o consumidor. Se antes o público era passivo e apenas recebia as abordagens das marcas, hoje ele se manifesta em blogs e redes sociais, cria os seus próprios conteúdos e dita como as empresas devem se comportar

Uma das razões desse empoderamento é a facilidade e a rapidez de acesso à informação. Uma má experiência com uma marca, por exemplo, chega aos ouvidos de milhares de pessoas em questão de segundos.

Por isso, o marketing digital impõe que as organizações adotem uma nova postura, mais ágil, interativa e transparente. É com essas características que as empresas devem planejar as suas estratégias digitais.

Mas, da mesma forma que os consumidores adquirem esse poder com a internet, as empresas também podem se empoderar.

Principais redes sociais

Principais redes sociais. (Fonte: Nitro News)

Democratização de acesso

A internet democratizou o marketing. Se antes apenas os grandes podiam criar anúncios publicitários capazes de atingir milhares de pessoas, hoje qualquer empresa, mesmo com orçamento pequeno, pode fazer isso. Ela também permite o surgimento de vários tipos de negócios digitais, que já nascem na internet, imersos no marketing digital. Alguns exemplos desses negócios são as lojas virtuais ou o trabalho dos influenciadores digitais.

Para as empresas, o marketing digital também potencializa o alcance e a velocidade das suas estratégias. Um post nas mídias sociais ou anúncio de links patrocinados pode trazer novos clientes para a empresa na mesma hora em que são publicados. E isso é uma grande vantagem em relação ao marketing tradicional.

Análise de dados

Outra vantagem é o acesso a dados. Big data é uma expressão cada vez mais difundida no mundo corporativo e se refere à quantidade enorme de dados que existe hoje e que é tratada pelas ferramentas de analytics. Esses dados trazem informações valiosas sobre o mercado e servem para embasar as decisões de marketing, personalizar a comunicação com o público e analisar os resultados de uma campanha, por exemplo.

A precisão que a análise de dados proporciona também diferencia o marketing digital de qualquer outra estratégia de marketing.

Revolucionando o setor

Perceba, portanto, que o marketing digital não se refere apenas à comunicação da marca com o público quando ela produz conteúdo digital, cria um site, envia e-mail marketing ou publica nas redes sociais. Isso representa apenas a operacionalização do marketing.

O marketing digital traz uma revolução. Ele modifica todos os processos do marketing, desde a maneira de analisar o mercado e planejar as estratégias até a aplicação das táticas junto ao público-alvo, que precisam englobar o digital na definição dos 4 Ps.

O modelo dos 4 Ps, aliás, está passando por reformulações no contexto do marketing digital. Diferentes autores já propuseram novos Ps ou novos modelos para adaptar as táticas do marketing ao ambiente digital.

Exemplos de novos modelos

Segundo o novo modelo, os 4 Ps vêm se tornando 8 Ps. Ou seja, se antes tínhamos 4 Ps…

  • Preço;
  • Produto;
  • Praça;
  • Promoção.

… agora temos mais 4:

  • Pessoas;
  • Processos;
  • Posicionamento;
  • Performance.

Outro modelo interessante é o SAVE:

  • Solução;
  • Acesso;
  • Valor;
  • Educação.

Com essas novas propostas, então, as empresas podem elaborar planos de marketing mais completos e eficientes.

8 ps do marketing

Os 8 ps do marketing (Fonte: Jornal Contábil)

Marketing digital
e publicidade e propaganda

Marketing e publicidade são conceitos muito próximos e, por isso, podem se confundir. Porém, podemos dizer que o marketing, sob a perspectiva da área da administração, é um pouco mais abrangente e engloba a publicidade em suas estratégias.

Como explicamos, os 4 Ps definem a forma como uma marca se coloca no mercado. Entre as táticas, está o P de Promoção, que abrange as ações que promovem a marca junto ao público. Nessas ações, então, está a publicidade, que assume as funções de divulgar os produtos para o público certo e gerar demanda para eles.

Quando falamos do meio digital, a mesma confusão pode surgir, mas é possível adotar a mesma lógica para entender a diferença entre marketing digital e publicidade digital.

Marketing digital

O marketing digital é mais abrangente. Ele engloba todo o processo de marketing e a aplicação das ações de Preço, Produto, Praça e Promoção nos canais digitais.

Definir que a empresa vai criar um e-commerce, por exemplo, é uma decisão de marketing digital relacionada à distribuição dos produtos, ou seja, como eles serão vendidos na Praça (ou no A de Acesso, do modelo SAVE que mencionamos antes).

Publicidade digital

A publicidade digital, por sua vez, é uma das ferramentas do marketing digital. Ela serve para alcançar o público-alvo na web, despertar o interesse na marca, criar um relacionamento com o público e direcionar os consumidores para a compra.

Para isso, a publicidade digital pode assumir diferentes formatos, tanto em mídias pagas quanto orgânicas.

O Google, por exemplo, oferece um espaço de publicidade paga entre os resultados de uma pesquisa, que são os chamados links patrocinados. Mas quando o link do site aparece nos resultados da busca sem que a marca pague por isso, trata-se de uma mídia orgânica

Outro exemplo está nas redes sociais. Quando a marca publica posts gratuitamente no Facebook ou no Instagram, ela está fazendo publicidade digital de maneira orgânica. Mas, quando ela investe para aumentar o alcance de uma publicação nas mídias sociais, a publicidade digital se torna paga.

Os profissionais de marketing podem trabalhar com esses diferentes tipos de mídia, de maneira paga ou orgânica, para alcançar os objetivos de uma campanha.

Marketing de conteúdo, forma de publicidade digital

Foto ilustrativa, mostrando as tendências da publicidade digital. (Fonte: Simpleleads)

Marketing digital e e-commerce

A internet transformou os hábitos de consumo. Antes dela, o consumidor via um anúncio no jornal e ia até uma loja física para encontrar o produto. Hoje, porém, esse anúncio está na web e leva a pessoa diretamente para a loja virtual da marca, onde ela pode comprar o produto sem nem se levantar do sofá.

É claro que as formas tradicionais de anúncio e venda continuam existindo. O marketing digital não matou esses hábitos de consumo, mas certamente transformou o comportamento dos compradores.

Vantagens

A comodidade de comprar e receber o produto em casa, a facilidade de comparar preços e marcas com apenas alguns cliques e a possibilidade de comprar de vendedores que estão do outro lado do mundo foram fatores determinantes para a popularização do e-commerce.

Resistência

Isso, porém, não aconteceu sem resistência. No início do comércio eletrônico, a desconfiança era grande. Como o cliente poderia comprar uma roupa sem poder experimentá-la? E como ele poderia saber se aquela loja realmente existia? E fornecer os dados do cartão de crédito pela internet? Jamais!

Porém, o e-commerce evoluiu para quebrar as objeções dos consumidores e conquistar a sua confiança. As lojas aprimoraram as formas de “experimentação virtual”, com fotos, vídeos, depoimentos e informações completas sobre os produtos. A segurança das compras também evoluiu para proteger os dados dos compradores e as próprias lojas de fraudes e ataques.

plataforma de E-commerce

Imagem mostrando as formas de pagamentos dentro do e-commerce. (Fonte: Aporama)

Crescimento e concorrência

Não é por acaso que o e-commerce não para de crescer. Segundo o relatório Webshoppers, o comércio eletrônico faturou R$ 60 bilhões em 2020 no Brasil, o maior número em 20 anos. Atualmente, 36% da população brasileira já faz compras online.

Para esse tipo de negócio, o marketing digital exerce um papel fundamental, já que a empresa está online e precisa atrair os consumidores nesse meio.

É importante, então, que ela saiba lidar com a riqueza de informações que um e-commerce gera. Afinal, é possível rastrear toda a jornada de compra do consumidor, com dados de pesquisa, navegação e compra. E esses dados podem ser usados para alcançá-lo de maneira precisa e para criar uma melhor experiência de compra para os clientes.

Além disso, também é preciso ter um olhar cuidadoso sobre a concorrência, já que um e-commerce não compete apenas com lojas da sua cidade, e sim com empresas do mundo inteiro!

Perceba, portanto, que divulgar produtos é apenas uma ponta do marketing digital. Ele ainda envolve todo o planejamento da loja no meio digital, desde a pesquisa de mercado até o pós-venda, e toda a jornada do consumidor, desde a percepção de uma necessidade até a efetuação da compra, abrangendo também toda a coleta e análise dos dados resultantes das ações realizadas.

Origens e evolução do marketing digital

O surgimento dos computadores pode ser entendido como o princípio do marketing digital. Aquelas máquinas que antigamente ocupavam uma sala inteira ainda não tinham nada a ver com marketing, mas é a partir delas que o digital começa a entrar na vida das pessoas.

Eniac

ENIAC, computador desenvolvido pelo Exército dos EUA. (Fonte: Techtudo)

Décadas de 70 e 80

No final da década de 1970, começaram a ganhar popularidade os primeiros computadores pessoais, ou PCs (personal computers). Em vez de serem operados apenas por especialistas em grandes salas refrigeradas, os computadores passaram a ser usados sobre a mesa do escritório ou da sala de casa, por qualquer pessoa.

Em 1977, Steve Jobs e Steve Wozniak, no comando da recém-criada Apple, lançaram o primeiro microcomputador mais parecido com os que utilizamos hoje. Em 1981, a IBM também entrava nesse mercado para popularizar os PCs.

A partir daí, estava criado o cenário para revolucionar as relações com a tecnologia. Mas ainda faltava uma invenção para transformar a forma de fazer marketing: a internet.

Ela já existe desde a década de 70 como um sistema de interligação de redes de computadores. Com a popularização dos computadores pessoais, a internet passou a conectar milhões de dispositivos mundialmente.

Década de 90

Na década de 90, Tim Berners-Lee propôs um projeto de hipertexto, que consistia em uma coleção de documentos interligados por meio de links e URLs. Com isso, ele criava a World Wide Web, ou simplesmente web, responsável pelos sites e páginas que visitamos hoje a todo momento.

Essas criações começaram pequenas, acessíveis apenas a especialistas e, aos poucos, foram se tornando rotina para pessoas comuns. O computador, a internet e a web causaram uma revolução na forma de trabalhar e de se relacionar com o mundo, eliminando fronteiras, acelerando a velocidade da informação e democratizando o acesso ao conhecimento.

Primeiros formatos de marketing digital

De olho nas inovações da tecnologia e em como elas invadiram o dia a dia das pessoas, o marketing passou a incorporá-las em suas estratégias.

Quando as primeiras páginas da web começaram a ser criadas, surgia com elas um novo formato de publicidade para as marcas. Na mesma lógica de uma revista ou um jornal, essas páginas disponibilizavam espaços de anúncios para empresas que quisessem divulgar seus produtos, especialmente na homepage, que teria mais acessos. Assim, os banners se tornaram um dos formatos mais populares do marketing digital.

Mecanismos de busca

A criação das páginas da web fez surgir também os mecanismos de busca. Sua função era organizar os documentos e páginas da web, cada vez mais numerosos, para que os usuários pudessem encontrar lá o que precisavam.

Inicialmente, essa organização se dava em listas por ordem alfabética ou assuntos, na mesma lógica de catálogos impressos, mas aos poucos ela foi ficando mais sofisticada. O Google, lançado em 1998, criou um sistema de classificação chamado de PageRank, que ordenava os sites principalmente pela sua relação com outras páginas — quanto mais citado ele fosse, mais relevante ele seria.

Versão beta do Google

Primeira versão da homepage do Google. (Fonte: Firstversions)

SEO, links patrocinados e e-mail marketing

Dessa maneira, surgiram também as primeiras estratégias de SEO (Search Engine Optimization), uma das principais técnicas do marketing digital, cuja intenção é otimizar os sites para que eles apareçam mais bem posicionados nos resultados da busca e, consequentemente, recebam mais visitantes.

Ainda nos buscadores, surgiu outro formato popular do marketing digital: os links patrocinados. Se quisesse ver o seu site em destaque nos resultados da busca, você poderia pagar para isso. Assim, o seu link apareceria entre os primeiros resultados. Esse sistema, popularizado pelo Google Adwords (atualmente Google Ads), ainda é um dos principais formatos de publicidade na web.

Fora das páginas da web, também existia uma forma de se comunicar com o público: o e-mail marketing. Porém, nos primeiros anos desse formato, as empresas enviavam mensagens indiscriminadamente, mesmo que não tivessem autorização dos contatos para isso. Assim, a comunicação por e-mail ficou marcada pelo spam, o que só mudou anos depois com as práticas de segmentação e personalização das mensagens.

Web 2.0

Em 2004, surgiu um novo termo para marcar as mudanças pelas quais a web estava passando. Era a web 2.0, que nomeia uma segunda geração de comunidades e serviços criados na web, cuja evolução tecnológica permitiu a construção de páginas cada vez mais interativas.

Você provavelmente ainda usa muitos deles: são os blogs, as redes sociais e os sistemas “wikis” (como o Wikipedia), que exploram a inteligência coletiva e o poder da rede. Quanto mais pessoas usam e interagem, mais valor esses sistemas oferecem.

primeira versão do facebook

Página inicial do Facebook em 2006. (Fonte: Firstversions)

Colaboração e interação

Na web 2.0, portanto, a internet se torna mais colaborativa e interativa. As próprias pessoas passam a produzir conteúdos em blogs e redes sociais e a compartilhar suas experiências e opiniões com usuários de todo o mundo. Mesmo quando não são elas que criam os conteúdos, elas podem participar com comentários, avaliações e interações.

Tudo isso traz uma mudança drástica para as empresas. Elas precisam entender que o marketing não se faz mais em uma via de mão única — se a web é colaborativa e interativa, as marcas precisam conversar com os consumidores e dar voz a eles.

Assim, o marketing digital coloca o relacionamento com o público no centro das estratégias. Surgem especialidades para dar conta dessas mudanças, como o marketing de redes sociais, o marketing de conteúdo e o inbound marketing. Essas estratégias focam, respectivamente, na interatividade, na criação de conteúdos relevantes e no relacionamento com o consumidor em toda a sua jornada de compra.

Essas características da web 2.0 ganharam ainda mais força com a popularização dos smartphones. Mais uma vez, a Apple revolucionou o mercado com o lançamento do iPhone, em 2007. O computador e a internet, agora, estavam na palma da mão.

Com o celular, as pessoas poderiam interagir com as marcas a qualquer momento e em qualquer lugar.
A mobilidade, portanto, passou a ser integrada nas estratégias, com a criação de aplicativos mobile e a adaptação dos sites para qualquer tamanho de tela por meio do design responsivo.

iPhone e Steve Jobs

Lançamento da primeira versão do Iphone, em 2007. (Fonte: Telegraph)

Inteligência artificial e internet das coisas

O marketing digital é uma área em constante transformação. Se a internet e a web aceleraram a velocidade da informação, as mudanças também se tornaram mais velozes. E as empresas precisam acompanhar essas transformações.

Atualmente, o futuro do marketing digital aponta para duas tendências principais: inteligência artificial e internet das coisas. Essas tendências já estão no mercado.

Machine Learning

Quando você usa o Google e ele memoriza a sua navegação para oferecer melhores resultados na próxima busca, o buscador está usando inteligência artificial. Mais especificamente, ele usa o machine learning para aprender sobre os seus comportamentos e entregar uma melhor experiência na próxima vez.

Internet das coisas

O surgimento de casas inteligentes é um exemplo da internet das coisas entrando na vida das pessoas. Esse conceito trata da conexão de objetos com a internet e entre si. Portanto, uma geladeira já pode identificar sozinha que o queijo vai terminar e acionar automaticamente uma compra no supermercado. Parece muito tecnológico? Mas já é realidade!

O marketing digital, então, já está enfrentando os desafios de compreender como essas novas tecnologias podem servir para as empresas criarem melhores experiências para os consumidores. E sai na frente quem conseguir entender essas transformações.

Ferramentas e plataformas
de marketing digital

Se você gostou de entender o que é marketing digital e como essa área evoluiu nos últimos anos, vai gostar de saber como fazer marketing digital no dia a dia.

E não é possível falar das rotinas dessa área sem falar das ferramentas que organizam dados, automatizam ações e aumentam a produtividade das equipes. A seguir, conheça as principais plataformas e ferramentas do mercado digital e para que elas servem:

Análise de mercado em marketing digital

Usuários trabalhando em uma plataforma do mercado digital de Marketing (Fonte: Ideal Marketing)

Ferramentas de CRM

Relacionamento é elemento-chave do marketing digital. Por isso, as empresas precisam de ferramentas que organizem as interações dos clientes atuais e potenciais, desde uma mensagem para tirar dúvidas até os dados da última compra na loja.

Para isso, existem os sistemas de CRM (Customer Relationship Management ou gestão de relacionamento com o cliente). Salesforce, Oracle CRM e Microsoft Dynamics 365 CRM são ferramentas bastante utilizadas pelas empresas.

Plataformas de anúncios online

Na web, é possível fazer muitas ações de mídia orgânica. Porém, quando a publicidade digital é paga, você ganha muito mais poder de segmentação, alcance e mensuração para as suas campanhas.

Por isso, as plataformas de anúncios online — como o Google Ads, Facebook Ads e Instagram Ads — são cada vez mais usadas para melhorar os resultados do marketing digital.

Plataformas de automação

A pressão por produtividade e resultados no mercado atual exige que as empresas trabalhem com processos ágeis. E, para isso, é preciso automatizar uma série de ações que, se fossem realizadas manualmente, não atenderiam às demandas do mercado.

HubSpot e RD Station, por exemplo, automatizam o envio de e-mails e a gestão de contatos, entre outras diversas funcionalidades. À medida que os consumidores conhecem melhor a empresa, eles recebem e-mails automáticos ou acessam páginas personalizadas com conteúdos que os ajudam a amadurecer a decisão de compra.

Devido ao crescimento em importância dos canais digitais, tais como mídias sociais, WhatsApp e outras interfaces de mensagem, pode-se dizer que está havendo uma convergência entre estas plataformas de automação e os CRMs.

De um lado, os CRMs tradicionais estão se adaptando e incluindo novos canais. E, por outro lado, essas ferramentas de automação também vêm incorporando funcionalidades dos CRMs, já que a gestão dos canais digitais igualmente exige uma gestão de relacionamento.

Automação de marketing e CRM

Gestão da plataforma de automação (Fonte: Room33)

Plataformas de eventos

Criar eventos e webinars é uma boa forma de captar contatos de potenciais clientes, para que depois eles recebam uma abordagem da equipe de marketing para conhecer melhor a empresa e amadurecer sua decisão de compra.

Para isso, existem plataformas na web, como o Sympla e o Easywebinar, que permitem a inscrição e a venda de ingressos online e a própria realização dos eventos na web, os famosos webinars.

Assim, as ferramentas funcionam como forma de gerar cadastros com a captação dos dados, mas também podem levar a conversões diretas na hora do evento online, que é capaz de provocar a compra por impulso.

Ferramentas de análise de dados

A análise de dados precisa integrar toda estratégia de marketing digital. Os dados servem para embasar decisões, avaliar os resultados de uma campanha e conhecer melhor o público, os concorrentes e o seu próprio negócio.

Para isso, o Google Analytics é a ferramenta mais popular, oferecida gratuitamente pelo Google, com informações super completas e relatórios fáceis de entender. Há também outras diversas ferramentas de Business Intelligence, como o Microsoft Power BI, o Google Cloud BI e o IBM Watson Analytics, que podem ser alimentadas e permitem análises ainda mais aprofundadas e personalizadas.

Análise de dados

Decodificação de programa de análise de dados (Fonte: Blog Vindi)

Ferramentas de SEO

SEO é um conjunto de estratégias para otimizar um site de maneira que ele apareça bem posicionado nos resultados de uma busca. Para isso, é preciso monitorar o posicionamento das páginas, as palavras-chave e os links que levam até o site, bem como os concorrentes.

Há várias ferramentas de mercado que auxiliam no entendimento sobre palavras-chave, quais sites têm mais relevância e de onde eles recebem mais links, por exemplo. No dia a dia do profissional de marketing digital, é cada vez mais natural utilizá-las. Ahrefs e Moz Link Explorer são ferramentas de SEO que fornecem esse tipo de informação e auxiliam no desenvolvimento de estratégias de otimização.

Sistemas de gerenciamento de conteúdo

Conteúdo é um ativo importante das empresas atualmente. Elas precisam publicar conteúdos relevantes no seu site ou blog para atrair a atenção e a confiança do consumidor, além de ganhar melhores posições nos buscadores.

Para isso, existem gerenciadores de conteúdo para facilitar a vida dos administradores de sites. Entre eles, o WordPress é o mais popular. Ele permite criar e gerenciar sites e blogs de maneira intuitiva, e ainda possui plugins que facilitam a gestão do marketing digital.

Plataformas de gestão de redes sociais

Redes sociais também são essenciais no marketing digital, por permitirem a interatividade com o público. Porém, uma só marca pode ter perfis em diferentes redes sociais, que exigem diferentes publicações, linguagens e abordagens.

Para gerenciar tudo isso, é bom contar com plataformas de gestão de redes sociais, como mLabs e Buffer, que permitem agendar publicações, responder comentários e gerar relatórios de várias redes em um só lugar.

Assim como os CRMs, as plataformas de gestão de redes sociais também têm sido incorporadas pelas ferramentas de automação, como é o caso do HubSpot, com a intenção de agregar serviços em apenas um software, trazendo mais eficiência e otimizando a rotina do profissional de marketing.

Gestão de redes sociais em marketing

Principais aplicativos de gestão de redes sociais (Leadlovers)

Plataformas de e-mail marketing

Para que os e-mails não sejam entendidos como spam, é preciso criar mensagens relevantes, segmentar o público que vai receber os envios e personalizar os conteúdos. Porém, não seria viável criar um e-mail para cada pessoa de uma lista que tem milhares de contatos, não é?

Por isso, as plataformas de e-mail marketing facilitam a criação de e-mails personalizados, permitem criar listas segmentadas e automatizam os disparos conforme as suas configurações. MailChimp, Easymail e GetResponse são boas ferramentas de e-mail marketing.

Integração de soluções

Uma das características interessantes do digital é a possibilidade de diferentes ferramentas e serviços serem integrados. Talvez você já tenha ouvido falar em API ou webservices, que são as soluções tecnológicas para isso. Assim, a solução completa de marketing digital para uma empresa muitas vezes envolve uma combinação de diversas ferramentas interligadas.

O profissional de marketing digital não se confunde com um profissional de tecnologia, ok? Você não precisa tornar-se um desenvolvedor de software, é claro! 🙂 Mas, por outro lado, não pode ser avesso a estar sempre aprendendo a utilizar novas ferramentas. A seguir, vamos ver um pouco mais sobre esse profissional.

Ferramentas de marketing digital

Imagem ilustrando as diferentes ferramentas do marketing digital. (Fonte: Multimidia Digital)

Mercado de trabalho e carreira
em marketing digital

Então, gostou de conhecer melhor a área de marketing digital? Se você se interessa por esse tema, é importante saber como é o mercado de trabalho para entender se vale a pena seguir carreira nessa área.

Marketing digital é uma das áreas com mais oportunidades atualmente. Também é uma das mais promissoras para os próximos anos. Afinal, toda empresa precisa de alguém que tenha uma boa visão de negócios para criar boas estratégias, mas que também saiba trabalhar com novas mídias e tecnologias para acompanhar o mercado ou até se antecipar a ele.

De olho nas mudanças

Portanto, o profissional de marketing que queira se especializar no mercado digital precisa sempre se antenar às mudanças de tecnologias, ferramentas, dispositivos e canais. Não adianta se acomodar com as estratégias que são aplicadas hoje e estão dando certo, ok?

Todo dia, surge uma novidade. Como você viu, inteligência artificial e internet das coisas são os assuntos do momento, e já se destaca quem domina esses temas. Então, o profissional de marketing digital deve sempre acompanhar as tendências.

Áreas de atuação

O mercado na área é bastante amplo. É possível trabalhar no departamento de marketing de empresas privadas ou em agências de marketing digital. Nos últimos anos, surgiram diversas agências com essa especialidade, e muitas agências tradicionais se transformaram em digitais ou criaram um núcleo voltado para isso. Portanto,
as oportunidades aumentaram.

Nessa área, também é comum o trabalho como autônomo (como freelancer ou consultor), quando o profissional oferece algum tipo de serviço específico, como a gestão de mídias sociais, produção de conteúdo ou otimização de sites para buscadores.

Aliás, dentro do marketing digital, há diversas especialidades que você pode seguir e que abrem portas no mercado. Você pode assumir posições como:

  • Analista de SEO;
  • Analista de produção de conteúdo;
  • Analista de mídias sociais (ou social media);
  • Gerente de comunidade (community manager);
  • Analista de mídia paga;
  • Analista de e-mail marketing;
  • Analista de inbound marketing;
  • Analista de web analytics;
  • Analista de BI (business intelligence).

Agora, vamos falar sobre faculdades e cursos de marketing digital. Continue lendo para saber mais!

Profissional de marketing digital

Imagem ilustrando um profissional da área do marketing digital. (Fonte: Mercado binario)

Faculdades e cursos de marketing digital

Agora, se você quer seguir carreira no marketing digital, saiba que é importante ter uma formação específica na área. Muita gente pensa que basta saber mexer no Facebook ou criar um site para fazer marketing digital — mas você já viu que a área é muito mais complexa que isso.

Então, se você quer ser um bom profissional e encontrar boas oportunidades no mercado digital, o ideal é ter uma formação superior na área.

Opções de graduação

Existem poucos cursos de graduação que realmente abordam o marketing digital. Por isso, você pode cursar uma faculdade em áreas afins:

Em alguns casos, os cursos já são amplamente ligados ao digital, como é o caso da graduação da ECDD, escola do Instituto Infnet, pioneira na faculdade de marketing digital.

Então, escolha a área que tenha mais a ver com você — publicidade, por exemplo, se você gosta de criatividade, ou marketing, se você quer uma visão de negócios. Observe também se o currículo do curso aborda o marketing digital em disciplinas específicas, aulas teóricas e laboratórios. Perceba, assim, se o curso está antenado às tendências do marketing.

Opções de pós-graduação

Depois, com um diploma de nível superior, você ainda pode procurar por cursos de pós-graduação na área. Aí sim, existem opções de cursos específicos de marketing digital e suas especialidades em instituições de renome no país, como a ESPM, a Estácio e a ECDD, que tem uma linha de ensino muito ligada à tecnologia.

Formação constante

Como dissemos acima, o profissional de marketing digital precisa estar sempre antenado às novidades. Isso significa que quem quer atuar nessa área nunca pode parar de aprender, se especializar, fazer novos cursos…

Enfim, o marketing digital é uma área que nunca para. Você precisa ser um profissional sempre ligado nas tendências e novidades que surgem todo dia e que podem transformar a maneira como as organizações se comunicam com o público.

Foi assim que o marketing evoluiu até hoje, adaptando-se às mudanças de tecnologias e de comportamento do consumidor. E é assim que o marketing digital deve atuar para continuar sendo relevante para as pessoas e trazendo resultados para as organizações.

Saiba mais sobre carreira e mercado em marketing

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